Um louvor à guerreira do Brasil mestiço.
Escrever "voz, clara, resistência" foi costurar as linhas partidas da nossa história com a melodia de Clara Nunes. Não foi apenas um ato de escrita, mas um ato de escuta profunda. Em cada verso, eu queria ouvir o rio que corria livre no quintal das lavadeiras , o sussurro dos orixás que anunciavam uma voz que "carregaria a geografia de um povo".
A plaquete, para mim, é uma gira de palavras, uma oferenda. É onde a voz de Clara se dissolve em água e sal para nunca mais ser esquecida. Ela é a "nascente clara" no primeiro disco e a "semente que germina na beira do Brasil". Em sua voz, o samba se ajoelha e o coração desperta.
Eu a sinto como "a flor que luta" , aquela que entra na roda com "flor no punho" , sabendo que dançar também é resistir. É a "tecelã de um Brasil inteiro" , que mistura chão e cor, mar e sertão.
No epílogo, a certeza que me move: "Clara não morreu. Espalhou-se como perfume de alfazema na manhã de festa". Ela é a "memória que insiste" , o "tambor que abre caminho". A plaquete é a minha forma de dizer que "não há adeus em sua despedida: há sementes lançadas em todas as marés".
E por isso, "Resiste. Clara. Voz".
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